Ao Sabor Dos Meus Olhos

Quando se fala em viagens, há vários sentimentos, principalmente o de desapegar, há quem diz que quem viaja não possui laços, muito pelo contrário, vamos deixando um pedacinho de nós em cada canto e se entrelaçam sentimentos, pessoas e emoções. E toda energia e ambientes são renovados interno e externamente, e se ocorrer um retorno consequentemente você será outra pessoa em novos ambientes dentro de si. Viajar é transcender a alma, é compor notas que soam bem aos seus ouvidos, é ter uma ligação interna e externa com desconhecidos, e logo tê-los como amigos.

 Através de uma pequena janela observo o que há lá fora. E, percebo que há dias mais alegres e cotidianos singulares como um orvalho que cai de uma folha. Gotas como lágrimas que são possíveis de lavar a alma e ter uma vida tranquila e em paz.

Há sempre a seguinte afirmação nos dias de hoje espalhados em folders, banners e outdoors: “se não quer valorizar perde”. Perde o que? A expectativa que você criou? Quem tem que se valorizar é você mesmo o outro não tem nada com isso. Talvez o que ele (a) dá importância não significa nada para você em questão de valores, amor, planejamentos pessoais e profissionais. São expectativas criadas pelo próprio ser humano individualmente. O amor tem que existir primeiro em você e a valorização tem que existir a partir do seu conceito para si e não para os outros, os outros são os outros. São realidades e expectativas diferentes, ame -se.   Esperar do outro o que deseja para si é pura utopia. Ilusão da realidade.

Me decifrando sempre em cada tom das suas músicas. Tenho pressa de viver. Cuidado meu coração é frágil!

  Sair sem pretensão, somente sair de casa e colocar os pés no chão. Refletir, pensar e condicionar novas atitudes. Abrir os horizontes e presenciar a revoada de pássaros magníficos, observar pessoas se divertindo, conversando, socializando ou uma simples garota andando de skate. Parar e observar o que há dentro de si, para observar os detalhes ao redor, os sons, a vibração, o caminhar, a vida e o amor. Porque nos preocupamos no dia-a-dia? O que faz repensar nossos valores, a mudança? O cotidiano? Será? A vida está cheia de zonas de conforto.

Dois anos se passaram e percebi que o nosso céu não é mais azul e que as pessoas não as reconheço mais. É normal sentir-se fora da caixa quando se passam cronologicamente apenas dois anos? Porém são séculos em termo de consciência? Talvez a alternativa seja deixar fluir, respirar fundo e caminhar em passos lentos e assimilar, pois são muitas informações em tão pouco tempo. Sem pressa.

Todo caminho que percorremos é trabalhoso, pois todos os dias há desafios para superar, aprender, e saber como lhe dar com cada informação recebida. Bloquear uma informação com sentimentos densos não permitirá a abertura da mente. É necessário saber ouvir e selecionar o que é proveitoso ou não, para a vida. Essas linhas pode parecer uma série de blá blá blá, mas no final, na verdade no decorrer do meu dia ontem pude aprender muito, e analisando tais palavras me ajudou a refletir e concordar sobre a necessidade para tal. Todo caminho pode ser ajustado e facilitado de acordo com as medidas. E, começar o caminho sem expectativa é o melhor que há, metas e objetivos devem existir, porém com o pé no chão e sempre avaliando o que é real ao seu encontro.